segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A TV como ferramenta pedagógica.



                                        A TV na Escola
        
       Atualmente as mídias e a publicidade despontam como matrizes culturais, que transmitem valores, visão de mundo, saberes e percepções.
Moran (1993) enfoca as tecnologias como mediação ao saber fazer pedagógico; Pereira (1997) mostra estratégias de como fazer leituras através de imagens, como também Duarte (2002) a qual enfatiza que um trabalho como TV, vídeo, câmeras, imagens em celulares desenvolve a competência para ver; Napolitano (2003), em seus últimos trabalhos apresenta a televisão e outras mídias como ferramentas eficientes para a aprendizagem.
     A televisão exerce impactos no desenvolvimento da criança, pois tem papel na socialização dos sujeitos, a além de reprodutora social,e de comportamentos.
Ela tem um papel preponderante e especial na ligação das pessoas com o mundo, com diferentes realidades, enfocando diversas faces: tristeza, alegria, informação, diversidade; as imagens são lúdicas, dinâmicas, impactam e até interagem com as crianças, jovens e adultos.
A programação que é veiculada nas dezenas de canais abertos ou por assinatura segue, sim, a lógica do entretenimento e do mercado: permanecem mais tempo em cartaz novelas, seriados, telejornais e outros gêneros que têm audiência, e, portanto, patrocinadores. Mas sua influência é inegável. Há dois anos, um estudo do Ateliê Aurora, programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, constatou que assistir televisão era a atividade mais marcante da rotina das crianças de todos os contextos sociais. "A TV não é perfeita e o sistema educativo não vai mudá-la. Então, a escola deve usar esse recurso em benefício próprio", afirma Ismar de Oliveira, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
 Eles podem ser usados para introduzir conteúdos, aprofundá-los ou ilustrá-los ou para debates sobre comportamento e ética. Uma das características da televisão é trabalhar com temas atuais. Dessa forma, ela pode atualizar conteúdos dos livros didáticos ou mesmo fornecer material que ainda não está neles.
 Selecione os que se encaixam em seus objetivos e fique de olho para perceber onde está o interesse da garotada.
 Pois tudo o que passa na televisão é educativo. Basta o professor fazer a intervenção certa e propiciar momentos de debate e reflexão", garante José Manuel Moran, professor das Faculdades Sumaré, em São Paulo, e pesquisador na área de tecnologias aplicadas à educação.
Elvira Souza Lima, pesquisadora na área de neurociências aplicada à mídia, de São Paulo, explica que a linguagem que a TV usa imagens em movimento, coloridas, trabalhadas com cortes e fusões e envolvidas em trilhas sonoras especialmente escolhidas mobiliza o sistema límbico, estrutura do cérebro responsável pelas emoções, o que leva a um estado de atenção concentrada. Alguns programas ainda desafiam a imaginação ao propor questões e não dar as respostas imediatamente.
Com tantos recursos usados para emocionar e prender a atenção, será que a TV não pode se tornar mesmo um instrumento de manipulação de mentes? Sim, pode. Por isso, levar a televisão para a sala de aula implica também ensinar os alunos a vê-la com olhar crítico. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê Aurora, o fundamental é fazê-los entender que a televisão não é uma "janela para o mundo" como gostam de caracterizar os mais entusiasmados: "Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade e não a realidade".
Para que o uso produza resultados positivos na aprendizagem, antes de ligar o aparelho lembre-se de:
- Gravar o programa e selecionar as cenas que serão exibidas aos alunos, fazendo o recorte dentro dos seus objetivos.
- Planejar as aulas propondo exercícios e atividades relacionadas ao vídeo: eles não podem ser exibidos como se fossem auto-explicáveis
- Observar as reações do grupo para voltar aos pontos da exibição que a turma mais se deteve.
Como não usar a telinha em aula
Sem critério e objetivos pedagógicos claros, a televisão pode virar embromação. Portanto, evite:
- Passar vídeo que não tenha relação com o conteúdo: as crianças percebem que essa é uma forma de camuflar a falta de planejamento.
- Usar o recurso em todas as aulas e esquecer outras dinâmicas: o exagero diminui a eficiência e empobrece as atividades.
- Assistir à televisão com os alunos sem discussão: qualquer assunto que venha da televisão deve ser integrado com o tema da aula.


Fonte:

                                                                               Kelia Aderan

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Novas tecnologias na educação
http://www.youtube.com/watch?v=DZmC4Lb1CFE

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